terça-feira, 5 de janeiro de 2021


Engana-se quem pensa que o futuro ainda está por vir. Já vivemos alguns dos cenários projetados por futuristas. Em 2021, olhar para trás não é uma opção.

2020 é um ano para não nos esquecermos jamais! E apesar de ter sido um dos mais importantes e revolucionários para o varejo, para a indústria, e muitos outros setores da economia, é para 2021 que devemos olhar a partir de agora.

Todo aprendizado que pudermos extrair de 2020 deve ser valorizado, especialmente quando tratamos da segurança do trabalhador, e quando falamos em mudanças no mercado de trabalho e na economia, que de fato, se transforma com grande velocidade.

E os desafios seguem em 2021, ainda que não saibamos em qual escala, tampouco se as mudanças que ocorrerão serão mais positivas ou negativas.

O que, na verdade, não nos compete tentar prever. Devemos apenas seguir, resilientes e vestidos de coragem para continuar enfrentando o nevoeiro das incertezas quanto ao futuro.

 

Lições que aprendemos em meio à crise

Sempre soubemos que os grandes players do mercado poderiam nos garantir melhor preço, condições de pagamento e entrega. Mas nesse ano vimos que sem o pequeno empreendedor, e sem o comércio local, arriscamos nossa sobrevivência.

Fomos pegos de surpresa, e muita gente foi atendida no momento mais escuro da pandemia pelos mercadinhos de bairro, pelas quitandas, e pela loja da rua de trás.

Por outro lado, aprendemos que nossa sobrevivência como empreendedores depende, cada vez mais, da forma como atendemos as pessoas, como nos dirigimos aos nossos clientes, e com a forma que demonstramos preocupação com a entrega da melhor experiência e com a sua satisfação plena.

 

Além do atendimento, o uso da tecnologia

Se as grandes empresas já faziam há anos a lição de casa quando o assunto era investir em tecnologia, hoje todos nós entendemos a importância desse investimento em nossos negócios, por mais simples e tradicionais que sejam.

O crescimento do e-commerce e das vendas pela internet chegaram a níveis nunca antes vistos. Pela necessidade, mas também pela compreensão da praticidade para o consumidor.

Números comumente alcançados em datas festivas, como dia das mães, dia das crianças e natal, foram observados ao longo do ano no comércio eletrônico.

O delivery teve um destaque especial, e nos pequenos municípios, foi visto como um diferencial competitivo e um serviço praticamente personalizado.

 

O futuro não está às portas. Ele já começou!

Olhar pelo retrovisor e fixar os pés no passado e em conceitos tradicionais, jamais nos permitirão romper com uma realidade que já está para trás.

O futuro não está às portas, como muitos pensam. Ele já invadiu nossos dias e ocasionou grandes disrupções nos últimos anos, especialmente ao longo de 2020, quando tudo isso ficou mais claro para todos nós.

O uso intenso da tecnologia, o reconhecimento do importante papel que desempenha o trabalhador no seio da sociedade contemporânea, as habilidades socioemocionais - soft skills mais que completando, até mesmo substituindo as hard skills - e a compreensão de que, antes de tudo, o profissional é também um ser humano.

Foi isso o que vimos em 2020, quando tivemos de ir pra casa, enfrentar uma quarentena infindável; quando o home office deixou de ser privilégio de alguns poucos; quando o EaD se tornou a única salvação do aprendizado até mesmo dos mais descrentes quanto à essa forma de estudos.

Aquele futuro que projetávamos já virou presente, e deixar-se enganar acreditando que ainda há tempo a perder não é uma opção para quem deseja empreender e estar sempre à frente.

Que 2021 nos entregue ainda mais ferramentas para que possamos participar desse futuro tão promissor e cheio de esperança.

Feliz ano novo!

quinta-feira, 4 de junho de 2020

10 tendências a serem observadas no comportamento pós pandemia.



[Trendwatching] A perspectiva de uma pandemia tem sido um risco sistêmico bem conhecido há muitos anos, mas ninguém poderia prever o momento exato ou a natureza da atual crise de coronavírus.

É assim que acontece com as tendências: as grandes mudanças são bem conhecidas; existem muitos sinais fracos; mas é difícil, se não impossível, saber exatamente o momento e o formato da curva que a maioria das tendências segue. Eles permanecerão no nicho por um ano? Três anos? Ou é apenas uma adoção momentânea em massa acelerada por causa de algum gatilho externo?

É por isso que em momentos como este é útil podermos observar tendências que já estavam, digamos “outside”. Quais novos comportamentos serão adotados pelo consumidos ou mesmo pelas marcas? E quais já estão sendo adotados? Quais tendências pareciam anos longe do mainstream (e eram fáceis de ignorar), mas que agora parecem prontas a se tornarem totalmente “rotina” em questão de meses, senão semanas?

No nível organizacional, tempos de crise podem ser ameaçadores e libertadores. Muitas empresas (e empresários) estão dolorosamente cientes da diferença entre suas organizações (gigantes e engessadas) e de seus novos e ágeis concorrentes.

Mas a mudança cultural é difícil, eu mesmo percebi isso na pele quando trabalhei numa empresa que foi pivotada para uma nova cultura de gestão. Foi um grande choque, o que significa que todas as velhas 'regras' podem ser quebradas. E este, talvez, seja o momento.

Aqui está uma seleção das 10 tendências emergentes de consumidores que oferecem poderosos sinais precoces do que as pessoas valorizarão e o que priorizarão em um mundo pós-coronavírus.


1. Experiência virtual
Você sabe tudo sobre a experiência econômica. Quando astros como Billie Eilish estão cancelando turnês, as ligas esportivas são canceladas, o Louvre é fechado e as Olimpíadas parecem cada vez mais longe, haverá um enorme vazio na vida das pessoas. Mas as novas tecnologias imersivas podem trazer um novo significado, levando as pessoas a alimentarem este “vazio” a partir de experiências virtuais. As redes sociais é um exemplo óbvio de como os consumidores adquirem status no domínio virtual. Mas agora observe que outras outras experiências virtuais podem ser exploradas para resignificar o comportamento humano pós-pandemia?

2. Lojas de Artigos
No final de 2017 percebemos claramente a tendência de fusão entre o comércio eletrônico e transmissão ao vivo. Isso já indicava a direção do comportamento para compras on-line e conexões sociais: interativa, experimental e em tempo real. Mas a recente crise viu o mercado chinês de transmissão ao vivo crescer ainda mais e mais rápido do que nos últimos anos, e essa mistura inebriante de entretenimento, comunidade e comércio aumentará as expectativas do comércio eletrônico em escala global. Vamos observar!

3. Companhias Virtuais
Essa tem sido uma das tendências mais reveladoras e controversas desde que a vimos pela primeira vez há alguns anos . Simplesmente, à medida que as pessoas se acostumam a assistentes digitais e chatbots, suas expectativas evoluirão e algumas pessoas (não, não todas!) Começarão a procurar personalidades virtuais que têm o poder de entreter, educar, fazer amizade e curar. A crise fará com que as pessoas se voltem para esses companheiros virtuais e, uma vez que o gênio esteja fora da garrafa, esses comportamentos persistirão assim que a crise desaparecer.

4. Saúde ambiental
No momento, as pessoas estão buscando obsessivamente seu desinfetante para as mãos enquanto tocam o dia-a-dia. Mas quando esse momento começar a passar, voltaremos aos nossos hábitos menos higiênicos, embora o desejo de permanecer em segurança e bem estar seja mais forte do que nunca? Isso criará uma enorme oportunidade: para os provedores de espaços físicos incorporarem medidas de melhoria da saúde nos mesmos espaços pelos quais seus clientes passam, tornando irrelevante o esforço pela manutenção da saúde.

5. Mentoração
O isolamento social tem levado-nos a perceber com mais clareza os problemas o ócio atrelado às telas online. Porém, diante desta constatação, muitos desejam usar parte desse tempo de forma produtiva, e assim adotam plataformas que as conectam a professores, especialistas e mentores em sua busca por aprender novas habilidades. Uma forma de indulgência? Ou simplesmente ocupar o tempo com algo que alivie a consciência ?

6. IA-Commerce
Outra tendência, já detectada há alguns anos e  que acaba de receber uma alavancagem poderosa. Já em 2017 observava-se o poder crescente que a IA ​​ via ganhando nas interações. Agora nota-se claramente o repentino  e acentuado aumento da demanda por interações sem contato, convergindo com os avanços da robótica, que está permitindo uma nova geração de comércio automatizado, o IRL.

7. Mindset Equity  
O coronavírus dificilmente é a única coisa que causa angústia mental às pessoas. Mesmo antes de desencadear uma crise global de saúde pública e um medo crescente de uma profunda crise econômica, as pessoas enfrentavam desigualdade desenfreada, concorrência social ativa, a ameaça existencial iminente causada pela crise climática e muito mais. Não surpreende, portanto, que qualquer organização que possa ajudar a melhorar o bem-estar mental das pessoas seja recebida de braços abertos.

8. Colaboração Iminente
O coronavírus é um dos problemas transnacionais e trans-demográficos mais urgentes da história recente e, como tal, lembrou às pessoas que as melhores organizações são aquelas que colaboram generosamente com outras. Uma “nova e ousada fronteira para a sustentabilidade”, o ato de compartilhar e até mesmo distribuir suas soluções inovadoras para os nossos problemas mais difíceis.

9. Desenvolvimento Assistido
Qual o resultado benéfico de mais tempo gasto em casa? Muitos serão obrigados (ou até forçados) a aprender algumas habilidades tradicionais da vida doméstica muitas vezes negligenciadas, como cozinhar para si mesmas. O recente crescimento da economia sob demanda viu um número crescente de urbanos abastados terceirizarem tarefas domésticas. Quando a crise terminar, muitos voltarão alegremente às rotinas que tinham de casa-escritório-casa, porém outros descobriram que realmente gostam de fazer tarefas que sequer dominavam e outros, ainda podem ter encontrado significado ou propósito no núcleo doméstico.
  
10. Símbolos de Status Virtual
O ser humano sempre foi obcecado com status. Se você entender como as pessoas se identificam, como ganham respeito da sociedade e de seus colegas, então você terá uma ferramenta poderosa para entender seu comportamento. Os bens físicos há muito detêm o monopólio do status: são escassos e caros. Consumidores de videogames mais jovens, há muito tempo, adotam bens virtuais, mas agora esperam que novas tecnologias (por exemplo, AR e blockchain), o crescente desejo de consumo sustentável e a crise do coronavírus convirjam e promovam o reconhecimento de que bens virtuais podem ser símbolos de status genuínos em outros setores, sociais, culturais e demográficos.

Estamos preparados para esses novos comportamentos?
Estamos prontos para atender a essas novas expectativas?

Reflita e conte conosco para alavancar seu negócio.

Eduardo Gyurkovitz
www.mentorisconsultoria.com.br